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Há livros que escrevemos e há livros que nos escrevem

  • Foto do escritor: Filipa Barbosa
    Filipa Barbosa
  • 11 de jun.
  • 1 min de leitura
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O meu terceiro livro está a nascer, ele começou a nascer assim que publiquei o segundo, pois tive a certeza que aquele não poderia ser o último.


Havia muito mais de mim para sair cá para fora, havia uma panóplia de situações atrás daquela publicação que eu queria muito ultrapassar. Por isso no dia em que o meu segundo livro veio ao mundo, num parto lento e doloroso, eu sabia que esse livro viera para me ensinar, o próximo seria para me fazer crescer.

Fui criando sem medo, sem pressa, sem nome, apenas com a voz do meu coração.

Não me sentei para escrever, sentei-me para ouvir.


Quem era eu depois de tudo, depois que descobri o que nunca foi amor e transformei na história mais transformadora da minha vida ?


Quem era a Filipa que perdeu a avó, lançou um livro para a imortalizar, que escreveu sobre a sua história de violência e que em 2024/2025 perdia o avô e mergulhava naquele que acredita ser o ano da sua vida ?


E foi assim que ele foi nascendo, com idas e voltas ao passado, mergulhos no presente e sem perspetivas de futuro.


Um parto que não está programado, virá ao mundo quando ele sentir que deve nascer.


Talvez seja assim com os livros mais importantes.


Este, agora sei, vai chamar-se : O Silêncio faz muito barulho


Não sei quando estará pronto, só sei que está a acontecer.


E que vou partilhando pedaços dele também por aqui.


Antes que me esqueça.


Com amor


Filipa



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