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Sim, sou eu

  • Foto do escritor: Filipa Barbosa
    Filipa Barbosa
  • 19 de ago.
  • 1 min de leitura

Eu sinto que sou eu

Sou eu que quero algo que nunca foste, que depositei em ti expectativas que nunca foram tuas.

Mais uma vez repeti o padrão.

Mais uma vez vagueio nos mesmos sentimentos de não pertencer, de não encaixar, de me diminuir para caber onde não tenho lugar.

Sou injusta contigo quando anseio por algo que não me podes dar , que na verdade nunca deste , mas de alguma maneira eu pensei que te poderia moldar, ensinar, transformar. Não é justo.

Nem para ti , nem para mim.

Eu porque espero por algo que nunca chegará , tu porque não entendes , como é óbvio, o que tens de fazer para chegares ao meu coração.

Eu entendo-te , eu vejo-te e eu respeito-te.

Só não me tenho visto, não me tenho entendido nem respeitado.

Amar é libertar , é acolher , é ser lar.

Um lar com uma porta que nunca estará fechada, mas que nem sempre vivemos realmente lá.

Ainda não sei como te libertar , me libertar.

Ainda não sei o caminho, mas sinto-o debaixo dos meus pés enquanto caminho por lugares que não me levam em direção a ti.

Enquanto vejo o mundo com olhos que não são teus , enquanto espero que me vejam e que ser eu , seja absolutamente suficiente para o que quer que seja .

Eu vou descobrir a forma.

Eu vou descobrir amor.

ree

 
 
 

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